Mais de 27 milhões de Brasileiros recebem no máximo um salário mínimo

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra a Domicilio (PNAD – continua).

 

De acordo com reportagem veiculada no jornal o Estado de São Paulo, em 2019, 27,3 milhões de pessoas recebiam no máximo R$998,00 (salário mínimo à época). Desses, a maior parte dos trabalhadores desenvolviam atividade laboral de forma informal, além do elevado número de pessoas com mais escolaridade.

Do total, 20,9 milhões eram informais. Entre 2015 e 2019, houve acréscimo de 1,8 milhão  de pessoas nessa condição de trabalho.

Segundo a reportagem, entre 2014 e 2019, houve aumento de pessoas com escolaridade entre ensino médio e superior que aceitaram trabalhar na condição de informalidade e com salário igual ou menor que o salário mínimo.

O novo salário mínimo para 2020 é de R$1.045,00, não houve aumento real, ou seja, só foi considerada a inflação do período. Famílias de renda baixa, chegam a gastar 60% dos rendimentos com alimentação, segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

  • Em uma conta simples, em uma eventual família com quatro pessoas, onde apenas uma pessoa está empregada e recebendo apenas o salário mínimo, elas gastariam R$627,00 com alimentação ao mês, restando R$418,00 para outros gastos eventuais como: Aluguel, transporte, energia, água, saúde etc.

A perspectiva é de aumento do trabalho informal, dada a guinada à forma de trabalho que está sendo chamada de “uberização” das relações de trabalho, referencia ao aplicativo de transporte UBER, que além de não garantir direitos trabalhistas, repassa todo o risco ao trabalhador.