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Movimento Sindical celebra o Bicentenário da Independência com o projeto “Brasil em 200 nomes”

“Independência ou morte”, esse foi o grito de D. Pedro I às margens do Ipiranga para decretar a independência do Brasil, até aquele momento uma colônia de Portugal e próximo de comemorarmos os 200 anos da Independência do Brasil, o movimento sindical brasileiro, representado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB apresentou uma seleção de 200 nomes de personalidades que tiveram impacto positivo na vida dos trabalhadores desde 1822.  nomes importantes que contribuíram para a construção social, cultural e popular do Brasil.

O evento de lançamento do projeto “Brasil em 200 Nomes”  foi realizado, nesta segunda-feira (15), na Câmara Municipal de São Paulo, com palestras, a apresentação da Corporação Musical Operária da Lapa e a leitura dos 200 nomes.
O projeto foi coordenado pela jornalista e pesquisadora do Centro Memória Sindical, Carolina Maria Ruy que destacou que a ideia foi concebida no fim de 2021 tendo como ponto de partida o artigo do jornalista Elio Gaspari, com o título “O bicentenário do blá-bla-blá” quando o autor menciona que o governo nada fez ou faz para as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil.
A jornalista afirmou ainda, durante o evento de lançamento do projeto, que por esse motivo o projeto “Brasil em 200 nomes” é uma forma de comemorar lembrando de pessoas que foram importantes para o Brasil desde 1822. “Por meio desse mosaico construímos uma história”, disse Carolina.
Carolina disse também que, após alguns dias do evento histórico na Faculdade de Direito da USP com a leitura da carta aos brasileiros em defesa da democracia, é necessário que se tenha uma ideia de país, o que se pretende construir e o país que temos atualmente. “É fundamental pensar no Brasil democrático um país sem desigualdade, distribuição de renda e emprego com direitos”, disse Carolina.
Ele falou algo importante desses 200 anos de Independência que a nossa história desde 1822 é um milagre, pois ninguém imagina que o Brasil seria tão grande como é hoje.
“Nestes 200 anos de história um terço foi vivido com o fantasma da escravidão matando muitos inocentes e durante o período da República um quarto foi tomado pela ditadura e ainda assim somos considerados uma das maiores democracias do mundo”, falou João Guilherme, e continuou: “O autor desse milagre é o povo brasileiro”.
Calazans enfatizou a luta da população negra que ainda sofre no Brasil e pediu para todos pensem que em várias regiões do país não existe democracia, direitos, segurança e saúde.
No final do evento foi realizada a leitura dos 200 nomes que constam no trabalho realizado de forma primorosa.
Projeto cultural
Organizada por ordem de nascimento, a seleção constitui um panorama dos últimos 200 anos, desde as lutas pela independência, pela República, pela abolição, passando pelo modernismo, pelo trabalhismo dos anos de 1930, pelas primeiras lutas sindicais e políticas, pela resistência à ditadura militar, pela redemocratização, construção das centrais sindicais, até os dias atuais.
A coordenadora do projeto, Carolina Ruy, destaca que são nomes pesquisados, levantados e indicados por um amplo grupo de trabalho que se formou em torno das centrais. “A ideia foi dar à seleção um caráter diversificado – contemplando diversos setores da sociedade, progressista”, disse.
Após esta data, explica Carolina, o projeto ficará disponível no site do Centro de Memória Sindical que hospedará a lista, o material “Brasil em 200 obras”, além de artigos e uma linha do tempo das lutas dos trabalhadores.
Além dos 200 nomes, foram apresentadas 200 obras brasileiras que representam o povo e o trabalhador brasileiro. Reúne nomes da música, literatura, artes, entre outras.
Veja a lista com os 200 nomes: Clique aqui
Matéria: Força Sindical
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