Mulheres ganham até 30% menos que homens no agronegócio paulista

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Neste dia 8 de março de 2023, dia internacional das mulheres, a FERAESP faz um alerta sobre algumas questões referentes as condições do mercado de trabalho das empregadas assalariadas rurais no estado de São Paulo e pede a quem faz parte desse mundo do trabalho que façam uma reflexão no intuito da melhora de vida dessas empregadas.

O estado de São Paulo, conta com aproximadamente 514 mil empregados assalariados rurais, segundo a movimentação (contratações e demissões). Desse total, aproximadamente 109 mil são mulheres, ou 21% do total, que exercem alguma atividade laboral no agronegócio paulista.

A maioria das mulheres do agro paulista, cerca de 50 mil mulheres, estão em pequenas empresas (que absorve mais mão de obra com menor grau de especialização, o que significa salários menores) que contam com até 99 empregados. E, apenas 6 mil delas estão em empresas de grande porte (que absorve mais mão de obra especializada, o que significa salários maiores) caracterizadas com mais de 500 empregados.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres no agro paulista pode chegar a 30%, mesmo exercendo a mesma profissão dos homens, considerando as médias de remuneração. Além disso, mulheres tem maior rotatividade do trabalho, em média, que homens. Elas ficam no emprego cerca de 45 meses, ou menos de 4 anos, enquanto eles ficam em média 55 meses, ou mais de 4 anos, o que pode indicar maior intensidade da precarização do trabalho das mulheres.

Portanto, neste dia internacional das mulheres, a FERAESP reafirma que continuara brigando pelo direito de igualdade de gênero, sobretudo, das empregadas assalariadas rurais do estado de São Paulo.

Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e previdência.