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Negros no meio rural: taxa de analfabetismo elevada e apenas 8% possuem pequenas propriedades

Imagem: Zumbi dos Palmares (1655-1695). Líder quilombola brasileiro, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior dos quilombos do período colonial.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a cada cinco negros que moram na zona rural, um é analfabeto. Além disso, o País tem quase três vezes mais negros do que brancos com restrições em relação ao acesso ao saneamento básico.

Os dados do IBGE, são referentes a 2019.

A taxa de analfabetismo de negros é de 9,1%, mais que o dobro dos brancos que é de 3,9%. Na zona rural, a taxa de analfabetismo de negros e pardo sobe 20,7% contra 11% dos brancos.

Quanto maior o nível de escolaridade, mais a desigualdade se acentua, a proporção de jovens entre 18 e 24 anos de idade que já frequentaram ou já terminaram o ensino superior para brancos era de 36,1% em 2018, contra 18,3% entre negros e pardos.

Ainda no ano de 2018, mais de 69 milhões de negros e pardos tinham alguma deficiência em relação ao saneamento, contra 25,015 milhões de brancos com o mesmo problema. Além disso, negros e pardos têm quase 3 vezes mais chance de ser vítima de homicídio que brancos.

Em relação a renda, com dados de 2015, os negros detinham apenas 7% da riqueza do País, enquanto pardos tinham 33% e brancos detinham 59%.

Propriedades rurais

Os negros possuem apenas 8% das pequenas propriedades do País, enquanto brancos possuem 45,4% e são donos de 79% das fazendas com mais de 10 mil hectares.

A maior presença de negros entre os proprietários rurais ocorre na Bahia (15,7%), Amapá (14,6%), Maranhão (14,1%), Piauí (12,4%) e Pará (10,6%). No Rio Grande do Norte, o maior percentual é de produtores pardos (49,4%), assim como em Roraima (43,6%). Em Mato Grosso, os brancos representam 49,2% e, no DF, ocorre quase um empate: 43,5% são pardos e 42,3% são brancos.

 

Fonte e infográfico: globo rural

Fonte e infográfico: globo rural

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